4 de março de 2011

A volta dos técnicos ops, tecnólogos do #IVCTGEO

A volta do IV Colóquio de Tecnologia da Geoinformação foi digamos interessante, mas antes de falar sobre a volta na van...

Depois da última palestra do evento todos que estavam no auditório, começaram a debater a situação do mercado de trabalho, tanto dos engenheiros cartógrafos como a nossa, geotecnólogos. Como já era esperado, pelo menos por mim, eles falaram algumas vezes coisas do tipo: “O engenheiro vai precisar do técnico, como o técnico vai precisar do engenheiro.”, “Vocês técnicos...”, etc. Depois de algumas reafirmações que nós somos, TECNÓLOGOS e não técnicos e finalmente depois que o um dos professores da UFPE ratificou isso, acho que eles entenderam. Mas porque essa idéia de técnicos? Será que é por que nosso curso é de apenas 3 anos? Será que eles não sabiam dos cursos superiores de tecnologia? Bom, isso é assunto pra mais uns 200 posts, aqui no blog.

Mas vamos falar da volta que é o objetivo desse post. Todo mundo que estava na van realmente ficou incomodado com as reafirmações de técnicos, e foi preciso alguns gritos pra colocar alguma ordem na conversa. Até que uma pergunta surgiu, o que um engenheiro cartógrafo faz de verdade? Bom pelo que deu para perceber, pelo menos em Recife, eles fazem parte do nosso trabalho, talvez todo ele. Muito porque nós não estamos por lá, uma coisa que também foi muito falado, falta geotecnólogo no mercado, mas porque essas necessidades não são expostas para nós de forma tão clara? Muitos dos estágios que aparecem se quer tem um papelzinho para divulgar, ali mesmo na coordenação, isso também acontece algumas vezes quando começa a temporada de projetos, é tudo um tanto escondido, se não tem o velho Q.I., não o Quociente de inteligência, mas sim o "Quem Indique". Creio que falta um diálogo mais direto entre os estudantes do curso a coordenação, direção, reitoria, enfim todos que de alguma forma podem colaborar para disseminar o curso. O jeito mais fácil de unir um curso é com um Centro Acadêmico (o velho C.A.)? Talvez, mas ficam algumas indagações: Quem vai ficar no comando, como vai funcionar?

Mas devo chamar a atenção para uma coisa, que também foi falado na van, alguns dos nossos estágios são para trabalhos que na essência, não é tão a nossa obrigação. Por exemplo, a prefeitura de Bayeux, estava (não sei se ainda está) procurando estagiários para trabalhar com CAD, no entanto a grande professora Iana Daya, (se você não teve aula com ela, perdeu! Reze para ela voltar!), sempre nos dizia durante as aulas de introdução a SIG, nós não estamos sendo “feitos” para trabalhar em campo, nós temos que saber como fazer, para definir metodologias e se necessário fazer algum levantamento, nós estamos ali no meio do processo, quer dizer, a partir dos dados nos geramos a informação, que alguém (o gestor, ou seja, quem for) vai utilizar. Não que seja errado pegar esse tipo de oportunidade, se precisar pegue, mas novamente, não estudamos para isso. Ai nós esbarramos novamente nos engenheiros cartógrafos, civis e todos os outros que estão fazendo esse trabalho.

Agora vocês devem estar se perguntando, mas o que nós fazemos e eles não, qual o nosso "truque" na manga? Bom ai vai resposta de 1 milhão de libras (rende mais em reais): Nós criamos e gerenciamos sistemas de informações geográficas. É isso que as empresas precisam ver e saber que nós fazemos, e que estamos aqui (João Pessoa 07º 06' 54" S, 34º 51' 47" W; Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba, é só perguntar como vai pro CEFET ou para Escola Técnica, todo mundo sabe).

O mercado está aberto, mas como espalhar que nós estamos aqui? Bom esse blog é um jeito, realmente não tão efetivo, mas nós já tivemos algumas centenas de visitas, mas com certeza o jeito mais fácil é algo que nos é útil e também para os professores, alguma idéia sobre o que eu estou escrevendo?? Artigos!! O que pode ser melhor que publicar trabalho em eventos do país, e se realmente for bom porque não em uma revista? Se vocês não sabem, os professores precisam escrever artigos, eles têm que mostrar para a instituição que estão produzindo, se não... Tchau! Não tchau, mas deu para entender né??

Bom depois de tudo isso que eu escrevi, e espero que você tenha gostado, a minha sugestão é: Vamos colocar todos do curso em um mesmo lugar, não numa van é claro, mas o auditório José Marques está ali.

Um comentário:

  1. Seria ótima a iniciativa de eventos voltados a geoprocessamento na nossa instituição.Logo nos primeiros períodos eu participei como voluntária de um projeto e só um ano depois eu soube os resultados do tal por que foram expostos na VI de ciência e tecnologia, o que eu quero levantar é a questão de que não temos conhecimentos nem dos projetos que estão sendo desenvolvidos no nosso próprio curso e que devemos nos manifestar e mostrar ao mercado que temos profissionais qualificados.Temos que expor os projetos desenvolvidos e fazer propaganda da nossa competência.Abraço

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